sábado, 5 de março de 2011

O poder da mídia não é nada sem o espectador


Desde seu surgimento a mídia vem exercendo diversos papéis que vão desde informar e desinformar, de vender e comprar, de divertir e comover. Não há dúvidas, entretanto, que – independente de ser concebida para – a mídia amplifica os acontecimentos sociais e, pela sua característica mediadora, transforma o imaginário cultural que, por sua vez, modifica o modo de operar da sociedade, gerando novos conceitos e preconceitos estabelecidos.
Como afirma Edgar Morin (2003), a mídia não inventou o crime nem a violência, mas tornou esses fenômenos mais visíveis. Uma das principais características do jornalismo no Brasil é a manipulação da informação que resulta na dominação da realidade.
De acordo com teorias ligadas ao campo jornalístico, os profissionais inseridos no sistema midiático deveriam trabalhar sob a ótica da isenção e da objetividade de modo a garantir pluralidade e diversidade de opiniões na sociedade. Porém, ao se autodenominar formadora e porta-voz da opinião pública em meio a uma realidade histórica construída sob ilegalidades, a mídia no Brasil sufoca as diferentes visões, elimina o pensamento crítico e, consequentemente, suprime a democracia.
Segundo Bernardo Toro, o que torna um sujeito cidadão “não é ter a carteira de identidade ou título de eleitor, mas a sua capacidade de gerar ou modificar a ordem social, ou seja, asua capacidade de criar liberdade” (TORO, 2005, p.20) Para mim não é surpresa alguma o que escrevo aqui, mas assim o faço.
Entendo que você é livre para fazer suas escolhas, e assim, responder por elas. Sei também que na semana que antecede às eleições, a baixaria na TV será visível e constante, você já parou pra pensar nisso? Eles acham que nosso direito restringe-se ao controle remoto e você?

Por: Cleyton Douglas

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