Quem nunca ouviu falar nos shows de brega? Sim, aqueles chamados “bregões”, onde se reúnem os amigos, inimigos e até mesmo as famílias, esses espaços são simplesmente para muitos conhecidos por: “vale tudo”. “Kitara”; “CIA do Calypso”; “Labaredas” entre muitas outras... São algumas das indústrias produtora desse gênero, mas, paro por aqui, se for dá nome a todas as bandas que seguem o ritmo aqui no Estado pernambucano, com certeza, o espaço aqui, seria pequeno. Mas, o que fazer quando esses shows de sensualidade extrema e de música vulgarizada são servidos para todo o público em geral, e em qualquer horário?
Para o processo de comunicação ser realizado, é necessário que haja dois personagens no cenário proposto, o emissor (que passa a informação) e o receptor (que a recebe). Mas para que haja entendimento entre um indivíduo e o outro, é preciso que se estabeleça a mensagem, que vai ser o elemento crucial nesse processo. No processo comunicacional, existem interferências e as mesmas podem ser chamadas de ruídos, e uma melodia mal estruturada, tem o mesmo sentido.
Formular ações, segmentar estratégias e estabelecer as metas é apenas o pulo inicial para o resultado satisfatório do que se espera. A TV exerce um forte poder de conformação na vida do espectador e os conteúdos mal elaborados só fazem com que a sociedade esteja presa a esse círculo, onde o principal foco é o capitalismo e o individualismo, que fazem dos líderes desses veículos, pessoas imbatíveis e sem consciência.
A televisão é um meio eficaz de divulgar a mensagem, a um grande número de pessoas. O problema está em definir que tipo de mensagens, e para quem. Na prática, é qualquer mensagem para qualquer pessoa que esteja em frente ao aparelho. E isto, se torna preocupante, à medida que observamos que grande parte do público que assiste à televisão é formada por crianças e adolescentes, que são, justamente, os indivíduos mais vulneráveis nesse processo.
Quando se trata do universo infantil no que diz respeito aos direitos humanos, o Art. 76 da lei 8.069, do Estatuto da Criança e do Adolescente (2001, p.18) diz que as "emissoras de rádio e televisão somente exibirão, no horário recomendado para o público infanto-juvenil, programas com finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas". O Estatuto (2001, p.37) prega ainda que "é dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor".
A mídia torna-se indispensável na educação para a cidadania. Como parte da sociedade civil, o Estado tem um papel educativo e político na conquista da cidadania, sobretudo, quando dá visibilidade aos problemas e busca apontar saída.
Embora tenham experimentado uma fase de sucesso até os anos 90, a dita música brega acabou sucumbindo às classificações negativas e gradualmente foi desaparecendo da mídia de massa. Mas nas regiões Norte e Nordeste, o termo resistiu nomeando um estilo musical de inspiração romântica que sobreviveu nas periferias, nas variações brega music, brega pop, calypso ou simplesmente brega.
Por: Cleyton Douglas
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